Economia
Pandemia gera alta em alimentos básicos dos brasileiros, enquanto valor de passagens aéreas e etanol caem
Após seis meses de pandemia do novo coronavírus, muitos produtos consumidos pelos brasileiros registraram preços altos. Dos 10 itens com peso relevante no consumo das famílias e que ficaram mais caros entre março e agosto, seis são alimentos básicos. A informação foi divulgada na coluna Economia & Negócios, do jornal Estado de São Paulo, neste domingo (12).
Entre os alimentos, o arroz ganhou destaque após o pedido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que os donos de supermercados tentassem segurar o repasse dos aumentos de preço do produto para o consumidor. Já o feijão preto, leite, arroz, óleo de soja, farinha de trigo e carne subiram dois dígitos neste período. O feijão e o leite registraram altas superiores a 20%.
Entre os dez preços que mais caíram entre março e agosto, as passagens aéreas ganharam destaque, com uma queda de 50%, seguida pelo transporte por aplicativo (-21,86%) e pelo etanol (-14,73%). Os números fazem parte do levantamento feito pelo economista e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, de acordo com os preços coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Com as famílias trancadas dentro de casa, uma prioridade virou a alimentação e os produtos e serviços ligados ao ir e vir perderam importância”, afirmou Braz.
De acordo com o economista, apesar dos brasileiros terem comprado mais comida para preparar em casa, o que mais pesou na alta dos alimentos foi a desvalorização do real e o aumento das exportações.
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