Primeira candidata à prefeitura de Aracaju entrevistada pelo AjuNews, a delegada Georlize Teles (DEM) afirmou que o fato de a disputa pela prefeitura da capital sergipana contar com 11 nomes não favorece o atual prefeito e candidato à reeleição, Edvaldo Nogueira (DEM). “Não percebo que o fato do atual prefeito contar com nove partidos na base de apoio e termos mais 10 candidatos na disputa, favoreça ao mesmo”, avaliou.

A autoridade policial também comentou sobre a pontuação tímida nas últimas pesquisas eleitorais. “Basta conseguir mostrar todo o meu trabalho realizado ao longo dos quase 30 anos de serviço público e o respeito e compromisso que sempre tive com a população. […] Acredito no voto livre e que a decisão é do povo. Quando o jogo inicia, o placar é 0x0 para todos”, cravou.

Georlize também comentou sobre as três áreas prioritárias em seu projeto de governo. “Desenvolvimento econômico focado na geração de emprego e renda e apoio ao empreendedor; a Saúde, que mostrou toda a sua fragilidade durante a pandemia; e não podemos esquecer da Educação, que foi agravada pelo fato das escolas não funcionarem, assim não havendo aulas presenciais. Por óbvio que temos programas todas as áreas, e que faremos a máquina funcionar harmônica e simultaneamente”.

Leia a entrevista completa:

AjuNews: No inicio, o seu nome na disputa encontrou no começo algumas resistências dentro do próprio Democratas. Como foram as negociações para que houvesse um consenso até a confirmação de sua candidatura?
Georlize Teles: Desconheço qualquer resistência dentro do partido. Houve um diálogo democrático sobre a minha candidatura, o que nos fez chegar a um consenso em torno do meu nome para a confirmação na Convenção. Sempre contei com o apoio do presidente do DEM estadual, José Carlos Machado, e da senadora Maria do Carmo. Recebi também o apoio do presidente nacional do Democratas, ACM Neto.

AjuNews: O pleito eleitoral em Aracaju terá além de Georlize Teles outros três delegados de polícia como candidatos. Como a senhora avalia essa disputa entre colegas da mesma profissão na preferência pelo eleitor?
Georlize Teles: Com muita naturalidade. Qualquer cidadão, independentemente de profissão, estando filiado a uma agremiação e com os deveres eleitorais regulares, pode ser candidato. O fato de sermos três colegas profissionais de segurança pública disputando à Prefeitura, demonstra como a polícia civil se aproximou dos problemas sociais e entendeu que pode contribuir para a sociedade na condição de cidadão, não mais apenas como policial. Acho muito bom para a democracia.

AjuNews:  Nas conversas, o DEM buscou apoio com o PSB que fechou com Danielle Garcia (Cidadania), também dialogou com o Patriota, que desembarcou na aliança com Rodrigo Valadares (PTB) e o Avante optou por sair sem coligação. Quais foram os pontos em discordâncias entre o DEM e as outras legendas para que vocês caminhassem juntos?
Georlize Teles: A política é a arte de dialogar e buscar construir alternativas democráticas, focando na busca da solução dos problemas e demandas apresentadas pela sociedade. Não fizemos a coligação com os demais partidos em face de divergências pontuais. O DEM entendeu relevante não abrir mão de algumas pautas. Decidiu ter o meu nome como pré-candidata a prefeita de Aracaju, baseado na experiência que adquiri enquanto estive como gestora e no compromisso demonstrado através das políticas públicas por mim implementadas. O partido concluiu que reúno as condições para capitanear o projeto.

AjuNews: Ao todo são 11 candidatos na corrida pela prefeitura de Aracaju. Essa quantidade de nomes não poderia favorecer ao atual prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) que soma nove partidos na base de apoio?
Georlize Teles: Não percebo que o fato do atual prefeito contar com nove partidos na base de apoio e termos mais 10 candidatos na disputa, favoreça ao mesmo. Reforço que entendo como muito importante para democracia, uma vez que oferece ao eleitor, a presença de tantos nomes no processo.

AjuNews: O nome da senhora aparece timidamente nas pesquisas de intenções de votos. Como a equipe vai deve trabalhar para reverter essa situação e passar a candidata do Cidadania para uma possível chegada no segundo turno?
Georlize Teles: Tenho certeza que a “timidez” a que você se refere, decorre de duas pesquisas: a primeira foi uma pesquisa veiculada pela TV Atalaia. Saliente-se naquele momento estávamos iniciando o processo da pré-candidatura e a população sequer tinha a certeza de que era pré-candidata. Na outra, sequer apareço entre os possíveis pré-candidatos, o que levou o Instituto responsável pela pesquisa a pedir desculpas. Se existem outras pesquisas, desconheço. Falando porém como a equipe deve trabalhar para reverter a situação, entendo que basta conseguir mostrar todo o meu trabalho realizado ao longo dos quase 30 anos de serviço público e o respeito e compromisso que sempre tive com a população.  Não tenho a mesma certeza que você acerca de qual pessoa estará no segundo turno, buscarei ser uma delas. Acredito no voto livre e que a decisão é do povo. Quando o jogo inicia, o placar é 0x0 para todos.

AjuNews: Qual avaliação a candidata e ex-secretária de Segurança e Justiça de Sergipe faz da candidatura de Danielle Garcia que até o momento é considerada novata na vida pública?
Georlize Teles: Tenho me preocupado com a minha pré-campanha. A questão da avaliação da candidata Danielle Garcia deixo para o seu grupo de marketing e os partidos que a apoiam.

AjuNews: Caso eleita prefeita de Aracaju em novembro. Quais serão as prioridades de Georlize Teles a partir de 1º de janeiro de 2021?
Georlize Teles: Por uma questão gerada em razão da pandemia, vejo três áreas como prioritárias: desenvolvimento econômico focado na geração de emprego e renda e apoio ao empreendedor; a Saúde, que mostrou toda a sua fragilidade durante a pandemia; e não podemos esquecer da Educação, que foi agravada pelo fato das escolas não funcionarem, assim não havendo aulas presenciais. Por óbvio que temos programas todas as áreas, e que faremos a máquina funcionar harmônica e simultaneamente.

AjuNews:  Como serão escolhidos os nomes dos secretários, uma vez, que o DEM não fez coligação? E o relacionamento com a Câmara de Aracaju na futura gestão?
Georlize Teles: O critério “coligação” não pode ser o definidor para a nomeação de secretários (as). As pastas também não podem ser “distribuídas”. Não podemos nomear dessa forma como que fosse um ato gracioso. O critério que deve ser levado em conta ao convidar um profissional para assumir a titularidade de uma pasta é sempre o domínio do conhecimento técnico e o compromisso de atender as demandas da sociedade. O relacionamento com a Câmara de Vereadores de Aracaju será respeitoso e pautado no interesse da população. Sou mediadora de conflitos por aptidão e formação.