Saúde


Plano de Contingência para casos de coronavírus é apresentado em Sergipe


Publicado 10 de fevereiro de 2020 às 14:37     Por Dhenef Andrade     Foto Divulgação / SES

O Plano de Contingência de Sergipe para um possível enfrentamento do Coronavírus foi apresentado pelo secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, na manhã desta segunda-feira (10), em coletiva de imprensa realizada no Centro Administrativo da Saúde, no bairro Ponto Novo, em Aracaju. Na reunião, também estavam presentes a superintendente, Adriana Menezes, e dos diretores de Vigilância em Saúde, Mércia Feitosa, e Atenção Integral à Saúde, João lima, além de representantes da Agência Nacional de Saúde (Anvisa), Mário Medeiros, e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Daiane Oliveira.

A recomendação do Ministério da Saúde (MS), disse o secretário, é que seja fortalecida a precaução e a vigilância nos níveis estaduais e municipais nos casos relacionados ao coronavírus.“Estivemos quarta e quinta-feira passadas em Brasília, quando participamos da assembleia do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Saúde (Conass) e da reunião do Colegiado Interfederativo Tripartite (CIT), que contou com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Apresentamos nosso plano de contingência e ficamos satisfeitos em saber que se coaduna com as orientações do Ministério da Saúde”, disse Valberto de Oliveira.

O Plano de Contigência para o vírus foi produzido por um grupo de trabalho interno criado pelo secretário, que contou com a participação de representantes da Anvisa e do Cosems. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Mércia Feitosa, o plano alinha e orienta todos os profissionais de saúde da rede pública e privada, da Atenção Básica à Rede Hospitalar. “O documento define o que é um caso suspeito e qual conduta adotar diante desse fato, norteando as ações do Estado frente ao coronavírus”, enfatizou Feitosa.

Identificação do vírus

Para ser considerado um caso suspeito, enfatiza Mércia, é necessário que o paciente possua sintomas respiratórios além dos comuns a outros vírus como o N1H1 ou Influenza. Segundo a Nota Técnica elaborada pela Secretaria de Estado da Saúde é determinante o vínculo epidemiológico, ou seja, caso o paciente esteve na China (local de concentração da transmissão) nos últimos 14 dias, ou manteve contato com algum outro suspeito/confirmado de coronavírus nos últimos 14 dias. Em caso de a resposta para as três situações for positiva, há a confirmação do caso suspeito.

A superintendente ressaltou que a conduta médica imediata é a colocação de uma máscara no paciente e isolá-lo, e após isso colher amostra de material para exame, além de comunicar a suspeita ao Centro de Informações Epidemiológicas de Vigilância em Saúde (unidade de respostas emergenciais). O isolamento não tem que ser necessariamente hospitalar. O estado do paciente é quem dirá se ele deve ser mantido isolado em casa e socialmente ou em unidade hospitalar.

Unidades de retaguarda

O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o Hospital Regional de Itabaiana e o Hospital Universitário de Lagarto (HUL) foram elencadas pelo Plano de Contingência como unidades de referência para o coronavírus; e o Laboratório Central de Sergipe (Lacen), como o órgão responsável pelo exame do material coletado em suspeitos. Embora não possua análise específica para o coronavírus, se o resultado for negativo para os vírus que circulam no estado uma amostra será encaminhada para laboratórios de referência nacional que são FioCruz e o Adolf Lutz, para confirmação do coronavírus.

Questionados sobre medidas de bloqueio do vírus, o representante da Anvisa, Mário Medeiros, explicou que a agência intensificou as ações nos pontos de entrada, ou seja, portos, aeroportos e passagens de fronteiras. “Todas as ações de precaução estão sendo adotadas e a gente está conversando com os administradores portuários e aeroportuários sobre os planos de contingência para, em caso suspeito, a gente identificar e tomar as medidas previstas para evitar que o coronavírus se alastre. As ações de vigilância nesses pontos de entrada foram intensificadas”, afirmou.

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