Saúde
Governo defende repasse a programa de Michelle Bolsonaro
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República emitiu nota à imprensa afirmando que foi legal o repasse ao programa Pátria Voluntária, liderado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, da doação de R$ 7,5 milhões da Marfrig para compra de testes rápidos para detecção do novo coronavírus (covid-19). As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (02).
A Secom confirma a mudança de destino do recurso, mas sua versão diverge do relato feito pela empresa ao jornal. A assessoria da Presidência diz que, em maio, a pasta da Saúde declinou da doação “porque não precisava mais dos equipamentos” para os testes e que então a Marfrig procurou o Pátria para o dinheiro ser usado em alimentos e produtos de proteção e de higiene.
Segundo a nota do governo, a empresa “optou por repassar a doação ao programa para atender às necessidades de entidades sociais a elas vinculadas. Especialmente para a compra de alimentos, produtos de proteção e de higiene para pessoas em situação de vulnerabilidade, realizadas por chamadas públicas”.
De acordo com nota da Marfrig, no entanto, no dia 20 de maio, dois meses após o anúncio de sua doação para os testes de covid-19, a Casa Civil enviou “comunicação oficial” com detalhes sobre o programa de voluntariado e informando que os valores doados deveriam ser depositados numa conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos do Pátria, “com fim específico de aquisição e aplicação de testes de covid-19”.
Ainda com o jornal, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e a oposição querem investigar o caso.
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