Ao menos 26 militares anistiados políticos das Forças Armadas receberam o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo Governo Federal durante a pandemia de forma indevida. Segundo levantamento do portal Metrópoles, tais militares devolveram de forma voluntária aos cofres públicos R$ 19,2 mil após receberem o benefício.

O número é pequeno se comparado aos 39,5 mil militares que receberam de forma irregular o auxílio. Destes, pouco mais de 35,2 mil já devolveram voluntariamente pelo site do Ministério da Cidadania, mas 4,6 mil tentam provar que não receberam o dinheiro.

Militares não podem receber o auxílio por serem servidores públicos. O benefício não pode ser pago a famílias com recebimentos de até R$ 3.135 mensais. O Ministério da Cidadania disse ao Metrópoles que “o que é destinado aos que são considerados anistiados políticos pelo governo federal não é caracterizado como benefício previdenciário ou assistencial”.

Em relação aos militares irregulares, o número de 39,5 mil é quase metade das fraudes identificadas de forma preliminar pelo Ministério da Economia em maio. Depois, o Ministério da Cidadania chegou a bloquear mais de 1,3 milhão de CPF com suspeitas de irregularidades.

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