Aracaju gastou em 2019 o equivalente a R$ 1,04 per capita diário com a saúde. Os números divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) na última quinta-feira (8) colocam a capital sergipana como a 17ª do Brasil e a quinta do Nordeste, com um gasto anual de R$ 381 por habitante. O valor está bem abaixo da média das capitais, que é de R$ 490,72 por ano, equivalente a R$ 1,34 diário.

Segundo o CFM, cerca de 2.200 municípios brasileiros gastaram menos de R$ 365 na saúde de cada habitante durante todo o ano de 2019, o equivalente a menos de R$ 1 por dia. Entre as capitais, a liderança é de uma nordestina: Teresina (PI), com R$ 703,76 no ano, R$ 1,92 por dia.

As cinco com mais gastos per capita em saúde no ano passado, depois de Teresina, foram São Paulo (SP, R$ 1,84), Vitória (ES, R$ 1,82), Campo Grande (MS, R$ 1,68) e Cuiabá (MT, R$ 1,63).

Já as cinco piores foram Maceió (AL, R$ 0,86), Belém (PA, R$ 0,82), Salvador (BA, R$ 0,75), Rio Branco (AC, R$ 0,70) e Macapá (AP, R$ 0,47).

Segundo o CFM, as prefeituras em 2019 alcançaram 31,3% dos gastos públicos com a saúde, registrando aumento de 2% em 10 anos. Em contrapartida a União, que nos anos 1990 chegou a ser responsável por 75% do financiamento de saúde nacional, hoje está perto dos 43%.

“A demanda pelos serviços do SUS tem pressionado cada vez mais as despesas dos municípios com saúde, em especial nas capitais, que na maioria dos estados são as localidades com maior população e ocupam a posição de referência no acesso aos serviços assistenciais, em todos os níveis de complexidade. De modo geral, essa sobrecarga sobre as prefeituras levou ao aumento do comprometimento percentual dos orçamentos com a área”, afirmou o Conselho Federal de Medicina.

*Colaborou a repórter do BNews Yasmin Garrido

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