O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou em edição extra do Diário Oficial da União nesta quinta-feira (15) a saída do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) da vice-liderança do governo no Senado Federal. A saída se dá um dia após operação da Polícia Federal (PF) deflagrada em Roraima que flagrou o parlamentar com dinheiro na cueca.

De acordo com o ato publicado, Rodrigues pediu para sair da vice-liderança. Na ação da PF, que buscava desmontar um esquema de desvio de recursos públicos que iriam para o combate ao novo coronavírus, ele tentou esconder uma quantia não revelada na cueca quando policiais foram cumprir mandados em sua casa.

Mais cedo, ao portal G1, o líder do governo no senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), já havia adiantado a informação. Sua permanência era vista como um desgaste à tentativa de Bolsonaro em emplacar um discurso anticorrupção. O parlamentar é amigo e já apareceu várias vezes ao lado do presidente. Além disso, um primo de Bolsonaro, conhecido como Leo Índio, está empregado no gabinete de Chico Rodrigues no Senado.

Em nota divulgada na quarta (14), o senador afirmou: “A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à Covid-19 na saúde do estado”.

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