Economia
Sergipe registra maior taxa de informalidade em três anos, segundo dados do IBGE
A informalidade em Sergipe atingiu a maior taxa de informalidade dos últimos 3 anos, 54,4%, segundo resultados do último quadrimestre de 2019, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (14). De acordo com a publicação, no estado, a taxa de desocupação dos sergipanos correspondeu, durante a pesquisa, a 14,8%, uma das maiores do Brasil.
Apesar de Sergipe apresentar redução do número de pessoas desocupadas, em comparação aos últimos dois anos, a publicação dos dados sugere relação do aumento da ocupação com o trabalho informal. Para a analista da PNAD, Adriana Beringuy, o que tem sustentado o crescimento das taxas de ocupação é a informalidade dos trabalhos. “Mesmo com a queda no desemprego, em vários estados a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”.
Para o IBGE, são consideradas como ocupadas as pessoas que, no período da pesquisa, trabalharam, direta ou indiretamente, pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento).
De acordo com os dados, a população ocupada cresceu em 23 unidades da federação. Apesar da queda da taxa de desemprego e da ocupação, 20 estados tiveram taxa recorde de informalidade, isto é, os empregados sem carteiras, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e os familiares auxiliares. A maior taxa foi anotada no Pará (62,4%), bem acima da média brasileira (41,1%). Atualmente, há no país 12,6 milhões de desempregados.
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