Um levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prioriza as lideranças de igrejas evangélicas em agendas políticas. A informação foi divulgada neste domingo (16).  Segundo a publicação, o chefe de Estado teve, no ano passado, 40 compromissos oficiais com liderança evangélica. Uma média de três por mês. Foram 23 encontros com pastores no Planalto e 17 eventos públicos, incluindo cinco cultos e duas marchas para Jesus.

Bolsonaro foi aplaudido ao discursar na comemoração dos 40 anos da Igreja Internacional da Graça de Deus, pelo missionário RR Soares, neste sábado (15). “O Brasil é laico, mas o presidente é cristão” , disse Jair. Segundo dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, a Igreja Internacional da Graça, liderada por RR Soares, deve mais de R$ 144 milhões aos cofres públicos.

De acordo com a Constituição, as igrejas têm imunidade tributária. Porém se não atenderem os requisitos exigidos pela lei, como não remunerar dirigentes, os tributos que não foram pagos começam a ser cobrados pela União. Representantes evangélicos alegam que, apesar das garantias constitucionais, muitas religiões têm sido tratadas e fiscalizadas como empresas privadas.