Justiça
Justiça pede que governo alerte sobre feijões comercializados pelo pastor Valdemiro Santiago como suposta cura da covid-19
Pela segunda vez, o Ministério Público Federal (MPF) determinou que o Ministério da Saúde alerte a população sobre informações falsas de que os feijões comercializados pelo pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, supostamente curem a covid-19. A decisão foi divulgada na última sexta-feira (1).
Após o primeiro pedido, o Ministério da Saúde publicou um alerta sobre a informação falsa. No entanto, o alerta foi removido poucos dias depois. Agora, o MPF pede mais uma vez que a pasta emita o alerta no site.
O procurador responsável pela ação, Pedro Antonio de Oliveira Machado, ressaltou na decisão que a Saúde precisa ser “clara e explícita, não deixando qualquer dúvida” para a população sobre o caso. A pasta tem cinco dias para publicar o aviso no site oficial, podendo pagar multa diária de R$ 5 mil.
“Este é o objeto do próprio plano de contingência da União, e também um dever de lealdade para com a população brasileira, em momento tão dramático da história mundial, com o Brasil já ultrapassando mais de 190 mil mortes motivadas pela Covid-19, além daquelas ocorridas indiretamente em razão da pandemia”, ressaltou o procurador.
Além da decisão do alerta, a Justiça decidiu que o pastor Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus paguem indenização de ao menos R$ 300 mil por danos sociais e morais coletivos. O pastor comercializa os feijões por valores entre R$ 100 e R$ 1 mil, alegando que os grãos devem ser plantados para gerar efeitos terapêuticos contra o coronavírus.
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