O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou que assinou um contrato com o Instituto Butantan, em São Paulo, para receber 46 milhões de doses da CoronaVac até abril e mais 54 milhões até o fim do ano. O anúncio foi feito durante coletiva no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (7).

A vacina, que demonstrou 78% de eficácia contra a covid-19 em casos leves e 100% em casos graves, é produzida pelo Butantan junto ao laboratório chinês Sinovac. “O Butantan, se não é o primeiro, é o segundo maior fornecedor do ministério. Compramos algo em torno de R$ 2 bilhões em vacinas do Butantan por ano, somos o grande cliente do Butantan, que é uma instituição de Estado”, frisou o ministro.

A coletiva de hoje tratou sobre a Medida Provisória (MP) editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta quarta-feira (6), relativa à compra de insumos e vacinas contra a covid-19. Com a MP, o governo pode fazer a aquisição de vacinas em fase de desenvolvimento e antes do registro sanitário ou de autorização de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Antes da negociação, a produção da CoronaVac virou um embate político entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O presidente tem demonstrado resistência à vacina chinesa e já enfatizou mais de uma vez que não pretende se imunizar contra a covid-19.