O governo federal começa a fazer nesta segunda-feira (18) o pagamento do Bolsa Família após o fim do auxílio emergencial. Porém, a gestão não informa quem aguarda na fila para entrada no programa, que abrange mais de 14 milhões de famílias. A informação é do portal UOL.

A família pode ficar de fora do benefício mesmo preenchendo todos os requisitos, uma vez que o orçamento é limitado e depende do que o governo pode pagar. O Ministério da Cidadania, responsável pelo pagamento, não tem respondido os questionamentos sobre o tamanho da fila e a quantidade de beneficiários.

Tal fila é composta oficialmente por famílias que atendem ao menos um critério de recebimento, mas que não estão no Cadastro Único. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a estimativa é de que cerca de 1,4 milhão de famílias estão aguardando.

Ao UOL, a Cidadania informou que “em função da continuidade da pandemia e, portanto, da restrição de funcionamento dos postos do Cadastro Único em alguns municípios, ainda estão suspensos os processos de averiguação e revisão cadastral do programa”.

Também de acordo com a pasta, em janeiro, 14,2 milhões de pessoas vão receber o benefício em janeiro de 2021, ao custo de R$ 2,7 bilhões ao governo. Cerca de 88% destas famílias recebiam o auxílio emergencial. Até dezembro, quem preenchia os requisitos para ambos os programas recebia apenas aquele que fosse mais vantajoso.

O valor médio de recebimento é de R$ 190 por família em 2021. Em 2020, o orçamento do Bolsa Família foi de R$ 32,5 bilhões. A Lei Orçamentária Anual de 2021 prevê gasto de R$ 34,8 bi, mas o governo pode gastar 1/12 do valor total a cada mês, uma vez que a Lei ainda não foi aprovada pelo Congresso Nacional.