O primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital teve abstenção recorde pelo Brasil, com ausência de 68,1% dos 93 mil candidatos inscritos. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ao todo, 34.590 dos 93.079 candidatos inscritos fizeram as provas.

Em Aracaju, cidade sergipana que aplicou as provas, a abstenção ficou abaixo da média nacional e foi a quarta menor do Brasil, com 60,9%. Dos 1.314 estudantes inscritos no estado, 693 estiveram ausentes, enquanto 648 (39,1%) participaram da aplicação dos exames. Apenas Tocantins com 58,1%, Amapá com 58,8%, e Pará com 59,5% apresentaram taxas menores de abstenção.

Sergipe teve 19 locais de prova, com 71 laboratórios ao total. Em todo o Brasil, 104 municípios aplicaram o Enem digital no seu primeiro dia, com 1.028 locais de prova e 4.053 laboratórios. Vários problemas envolvendo atrasos nas provas e falhas no sistema foram reportados por alunos no país.

Os números não levam em conta dados do estado do Amazonas, e dos municípios de Espigão D’Oeste e Rolim de Moura em Rondônia. Por conta da covid-19, eles decidiram não realizar as provas nas datas indicadas. Eles realizarão o Exame em 23 e 24 de fevereiro, mesmas datas para quem pedir reaplicação.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou neste domingo (31) que a pandemia da covid-19 foi a responsável pelas ausências. “O índice de abstenção continua alto, como também teve no Enem impresso. A gente entende que isso é muito em função da pandemia. Alguns locais estão em lockdown, as pessoas não saíram de suas casas para fazer as provas”, disse ele.

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