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Jornal americano The New York Times diz que colapso na saúde do Brasil era previsto
O jornal americano The New York Times, maior jornal do mundo, afirmou em manchete no seu site, neste sábado (27), que o colapso do sistema de saúde brasileiro era previsto em meio ao espalhamento da variante do vírus de Manaus, que é mais contagiosa. O jornal citou ainda as brigas políticas e a desconfiança na ciência. As informações foram publicadas no Folha de São Paulo.
Segundo a publicação, correspondentes do jornal americano foram até Porto Alegre, onde viram pacientes mais jovens e em estado mais grave nos hospitais, funerárias sobrecarregadas e médicos exaustos pedindo reforço no isolamento. Enquanto o prefeito da cidade, Sebastião Melo (MDB), falava em salvar a economia, a cidade virava o epicentro da crise da saúde no país.
De acordo com o jornal, as atitudes políticas acabaram levando o Distrito Federal e 16 estados a ter escassez de leitos disponíveis, falta de oxigênio e de kits de intubação. Atualmente, o Brasil é o país que mais soma novas mortes e casos de coronavírus por dia no mundo.
O The New York Times também afirmou que o principal incentivador dessa postura é o presidente Jair Bolsonaro, por minimizar a ameaça do vírus, que chamou de “gripezinha”. E também por promover remédios ineficazes para tratar a doença, incentivar aglomerações e criticar tentativas dos governadores de impor isolamentos mais rígidos.
“Na quarta-feira, o país ultrapassou 300 mil mortes de Covid-19, com cerca de 125 brasileiros sucumbindo à doença a cada hora”, relatou o jornal norte-americano.
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