Justiça
Justiça mantém pagamento a pescadores e marisqueiras de municípios afetados pelo óleo em SE
A juíza federal Telma Maria Santos Machado manteve a determinação para que a União pague o benefício aos profissionais artesanais com Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) ativo que atuam em áreas de mar e estuários dos seis municípios não incluídos na Medida Provisória 908/2019 e incluídos na decisão liminar proferida em 19 de dezembro de 2019 (São Cristóvão, Santa Luzia do Itanhy, Maruim, Indiaroba, Laranjeiras e Ilha das Flores).
De acordo com decisão judicial assinada no último dia 5 e que atende pedido do Ministério Público Federal de Sergipe (MPF-SE) para ampliar o número de trabalhadores aptos a receber o auxílio emergencial concedido pela MP, o pagamento deve ser feito no prazo de 45 dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 34,83, para cada um dos pescadores que não receberem o benefício.
A Medida Provisória concedeu o benefício a trabalhadores com RGP ativo e domiciliados nos municípios afetados pelas manchas de óleo, de acordo com os registros produzidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O valor do auxílio é de R$ 1.996, a ser pago em duas parcelas iguais. Quando publicou a lista dos beneficiados pela Medida Provisória, o Governo Federal, sem critérios claros, incluiu nove municípios (Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Pacatuba, Pirambu, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas) e concedeu benefícios a 7.282 pescadores no total.
Na decisão, a Justiça Federal determinou que a União apresente, no prazo de 30 dias, a relação nominal dos pescadores que tenham feito protocolo junto à Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Sergipe (SFA-SE). No mesmo prazo, a Justiça também quer do INSS a relação de pescadores profissionais artesanais com protocolo de RGP que tenham apresentado requerimento de seguro-desemprego (defeso), no período de dezembro de 2019 a janeiro de 2020.
Segundo o Ministério Público Federal, as informações repassadas pela União servirão para identificar os pescadores artesanais sem RGP ativo, mas com protocolo de pedido de registro ou de entrega de Relatório de Exercício da Atividade Pesqueira (Reap) até a edição da MP 908/2019, e atuante nas áreas de mar e estuário de um dos 15 municípios incluídos na decisão (Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Itaporanga D´Ajuda, Pacatuba, Brejo Grande, Pirambu, Nossa Senhora do Socorro, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, Santa Luzia do Itanhy, Maruim, Indiaroba, Laranjeiras e Ilha das Flores). Após a identificação, esses profissionais poderão vir a receber o pagamento do benefício emergencial do Governo Federal.
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