Política
Após polêmica do PL da Visibilidade Trans, Linda Brasil será investigada pela Comissão de Ética da CMA
A vereadora Linda Brasil (PSOL) será investigada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), após criticar alguns vereadores por rejeitarem o Projeto de Lei (PL) que pretendia incluir o Dia da Visibilidade Trans no Calendário Oficial de Aracaju.
Após o PL ser rejeitado com 8 votos contrários, 7 a favor e 2 abstenções, a parlamentar criticou os vereadores, citando que houve transfobia. “Lamentamos o que houve aqui na Câmara Municipal de Aracaju, percebemos como a transfobia está enraizada nas pessoas. É lamentável que uma iniciativa com dimensão simbólica tão importante para contribuir em diminuir a violência na sociedade. Seja rejeitada”, enfatizou Linda.
O projeto tem a finalidade de fomentar ações que levem conhecimento à população sobre a comunidade Trans e combater o preconceito.
Em entrevista à Fan FM nesta quinta-feira (17), a parlamentar disse que sua indignação é devido ao fundamentalismo religioso que existe por parte de parlamentares dentro da Casa. “Eu percebo que não é só aqui na CMA que nenhum projeto LGBT que vai ajudar a população é passado em diante. O que acontece é que os parlamentares não dizem o que é, eles não têm coragem de dizer o que é, o porquê desses projetos não serem aprovados. Dos colegas que votaram contra meu projeto, nenhum deles justificou”, disse ela.
Quem também concedeu entrevista à Fan FM foi o vereador Eduardo Lima (Republicanos), afirmando que ele e outros parlamentares irão acionar o Conselho de Ética da Câmara diante das acusações que sofreram por parte da vereadora. Eduardo foi um dos parlamentares que votou contra o projeto.
“Os vereadores estão se sentindo machucados com as acusações que receberam. O que me assusta dentro dessa polêmica é a acusação desnecessária da casa ser acusada de transfobia. Qual vereador está sendo violento ou preconceituoso?”, afirmou.
Após a fala do parlamentar, Linda afirmou que não teme que o assunto seja levado à Comissão de Ética, pois “está com a consciência limpa”, e acusou a fala de Eduardo e de outros vereadores como “perseguição política e violência psicológica”.
Já Eduardo finalizou destacando que alegações de Linda ferem a democracia e que ela “terá que provar e mostrar que a Casa está com transfobia institucional”.
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