Política
Georgeo vê “oportunidade perdida” sobre escolas cívico-militares em Sergipe
A opção feita pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) de não aderir ao projeto do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para implementar escolas cívico-militares em Sergipe foi criticada pelo deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania). Nessa sexta-feira (28), o presidente da República propagou em suas redes sociais os Estados e municípios que aderiram à iniciativa. Sergipe é uma das seis unidades da Federação que não contarão com nenhuma dessas escolas.
Para Georgeo Passos o governador deveria pensar em todos os sergipanos, e não apenas nos que possuem um direcionamento político mais para a “Esquerda”. O deputado avalia que Belivaldo “foi eleito para ser o governador de todos e não apenas do seu eleitorado”. Após a publicação de Bolsonaro, alguns sergipanos questionaram ao presidente da República nas redes sociais, demonstrando desconhecimento sobre a decisão do governador de não aderir ao projeto.
Chamadas de escolas cívico-militares pelo Ministério da Educação (MEC), o modelo prevê a atuação de militares da reserva (policias, bombeiros ou membros das Forças Armadas) na administração dessas unidades. A previsão inicial era de um investimento da ordem de R$ 54 milhões em 2020 para a implementação do projeto-piloto em 54 escolas. Cada unidade receberá R$ 1 milhão para adequações de infraestrutura e pagamento de pessoal.
Em conversa com o portal Aju News, Georgeo Passos entende que existem sergipanos que gostariam de ver seus filhos matriculados nessas escolas e que o governador poderia ter, ao menos, expandindo essa consulta junto à população. “Foi uma decisão política! Na minha avaliação os sergipanos perderam sim uma boa oportunidade! Temos que respeitar as opiniões, inclusive divergindo. Não ter uma escola cívico-militar em Sergipe é uma oportunidade pedida apenas por capricho do governador e de sua equipe”, lamenta.
O parlamentar insiste na tese de que vivemos em um “País democrático”, que ninguém seria obrigado a se matricular nessas escolas e que a decisão se adere ou não ao projeto não deveria ficar restrita à vontade do governador ou prefeito “de plantão”. “Quem critica essas escolas, fala em orientação pedagógica para a direita, mas será que não temos isso em nossas universidades? Acho que na escola podemos discutir tudo, mas não apenas de um lado, nas apenas para a esquerda!”.
Por fim, Georgeo questionou se o presidente da República fosse Fernando Haddad (PT), qual seria o comportamento do governador sergipano. “E se (Fernando) Haddad propusesse um modelo de educação ao País, será que Belivaldo também não aderiria? Infelizmente o governador que deveria ser de todos os sergipanos agiu politicamente e não olhou para os cidadãos como um todo! Logo ele que tem projetos de mudar a educação sergipana? Veja os recentes conflitos com o Sintese! Agiu politicamente sim e uma parcela do Estado hoje lamenta e se sente prejudicada”.
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