Política
Esquerda do Nordeste espera ‘fatura’ de Bolsonaro após greve ilegal dos policiais
Após a efetiva participação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante greve ilegal dos policiais militares do Ceará, aliados do governador do estado, Camilo Santana (PT), temem que o presidente tente lucrar ainda mais politicamente a partir de agora com o fim do motim. As informações são da Coluna do Estadão e foram publicadas nesta segunda-feira (2).
Segundo a publicação, para esses interlocutores, o custo da presença federal no Ceará deverá ser uma fatura a ser paga pela esquerda na região: pode dar a Bolsonaro o discurso de “herói suprapartidário” que ajudou policiais e trouxe paz para a população cearense, governada pelo PT. Não será tão simples porque Santana teve papel fundamental.
Ainda de acordo com o jornal, na transmissão online da última quinta-feira (26), quando não se mostrou convencido a renovar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o presidente estava especialmente contrariado com um pedido de Santana: o governador havia solicitado a operação por mais 30 dias. Bolsonaro deu sete.
A coluna detalha também que a criação de uma comissão dos três Poderes estaduais, segundo aliados de Santana, foi a vacina encontrada para dar ao Ceará o protagonismo em uma resolução do conflito. A publicação revela que, apesar da desconfiança política, a presença dos militares no estado, segundo aliados do governador, tem sido essencial nas negociações. Mesmo que a GLO não tenha atuado no enfrentamento, mas na retaguarda, empoderou Santana nas negociações.
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