Em meio ao impasse entre o governo de Sergipe e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) sobre a volta às aulas, o governador Belivaldo Chagas (PSD) lamentou o posicionamento dos representantes dos professores e pediu para deixarem “o radicalismo de lado”.

“Deixemos o radicalismo de lado. O momento é de compreensão, de somação. Agora querer colocar motivos outros, pelo amor de Deus. Repito, o mundo está fazendo um apelo, só o Sintese não consegue ouvir”, disse Belivaldo em entrevista ao Jornal da Fan.

Após a redução do número de internações pela covid-19 e estabilização da média de mortes em Sergipe, o chefe do Executivo Estadual estabeleceu através de decreto, que o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas de Sergipe deve acontecer a partir do dia 17 de agosto.

Segundo a presidente do Sintese, professora Ivonete Cruz, entre os motivos pelos quais o sindicato se recusa ao retorno presencial está a falta da segunda dose da vacina contra covid-19.

“Nossa greve é em defesa da vida, é pela vida. A primeira dose não é suficiente para que todos nós possamos vencer essa batalha. Além da imunização tem outras questões como condições sanitárias e pedagógicas. A segunda parte da imunização para professores deve acontecer até o início de setembro. Após esse período, acreditamos num diálogo, fraterno, coletivo para discutir o retorno e quais as medidas pedagógicas possíveis para serem adotadas”, explicou a presidente.