A vice-governadora de Sergipe Eliane Aquino (PT) foi questionada sobre o distanciamento entre seu partido e a base do governo de Belivaldo Chagas (PSD), exposto de forma mais intensa nos últimos dias. Em entrevista à Fan FM, nesta segunda-feira (16), a petista tentou se esquivar do tema ao afirmar que “não pode responder pela cabeça do governador” e que o “assunto é bem complexo”.

Ainda em sua fala, Aquino destacou o apoio do legenda e do ex-presidente Lula na campanha de Chagas. “Eu acho que o PT foi importante na eleição dele [Belivaldo], não vejo absolutamente ninguém que tenha feito alguma traição. E eu tenho falado o tempo inteiro que não consigo imaginar esse Belivaldo expulsando o PT. Não consigo, sinceramente”, disse.

A vice-chefe do Executivo estadual sergipano também comentou sobre a possível troca no comando da Secretaria de Agricultura (Seagri) que tem o indicado do deputado federal petista João Daniel, André Bonfim, pelo atual, Zeca da Silva. “Eu acho que isso não causa nem um desconforto, acho que pode causar uma tristeza, sabe? Porque além da gente saber o papel da militância do PT teve, nós sabemos também que o André Bonfim é uma pessoa muito técnica”, completou ela ao dizer que o secretário recebe elogios sobre seu trabalho.

“Mas todos nós sabemos que a caneta está na mão do governador. Quem tem o governo na mão é realmente ele, a maior responsabilidade é a dele. E é ele que precisa dar o rumo do que vai acontecer”.

Eliane também rebateu críticas feitas ao PT na tentativa de voltar a ser protagonista em Sergipe. “É super natural, eu acho que é um direito. Não dá pra falar que ninguém pode colocar seu nome à disposição. Qualquer partido tem total direito de se colocar no jogo. É a disputa da democracia”, finalizou.

O menor espaço do PT tem sido evidenciado com pedidos exonerações e trocas no comando de secretárias. Antes da Seagri, Silvio Santos deixou o gabinete de Aquino, em março. Outro que estaria com a corda no pescoço seria o superintendente do Ipes, Christian Oliveira.

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