O senador Alessandro Vieira (Cidadania) confirmou em entrevista ao AjuNews, que a sigla apresentará nomes para concorrer às eleições estaduais, em 2022, mas apenas no “momento certo”.

A declaração foi feita durante o evento da assinatura da obra de pavimentação em Nossa Senhora do Socorro, na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), nesta segunda-feira (23).

“A construção vai ser feita pelo grupo, no momento certo. O que você pode garantir é que o Cidadania, esse grupo político, vai está apresentando nomes para que Sergipe possa mudar de verdade”, disse.

Questionado sobre o andamento da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da covid-19, o parlamentar afirmou que as investigações estão mostrando as falhas que aconteceram durante o combate à pandemia.

“A CPI vem mostrando as falhas que aconteceram no combate à pandemia. O Brasil demorou a fazer a compra de vacinas e o Brasil não fez uma campanha de esclarecimento da população, são esses os principais problemas. Nós temos casos de corrupção, especialmente no estado. Esses casos estão em apuração na Justiça. O supremo não permitiu que o senado fizesse apuração com relação aos governadores. Inclusive a gente está apresentando uma proposta de emenda à constituição para mudar isso, para garantir essa possibilidade de investigação”, afirmou.

Alessandro também comentou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao realizar o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. De acordo com Vieira, apesar de entender que o ministro tenha cometido “vários erros e abusos” e a corte tenha decidido que é o correto, o chefe do Executivo Federal está fazendo um teatro.

“Inclusive, apresentei um pedido de impeachment, em abril de 2019, com relação a esses mesmos fatos. Acontece que, de lá para cá, o próprio supremo decidiu que tudo que Alexandre de Moraes está fazendo está correto. Ou seja, você não tem espaço jurídico para fazer esse impeachment. O que Bolsonaro está fazendo é só um teatro para tentar movimentar um pouco mais a equipe de seus apoiadores e desviar o foco do que está acontecendo na pandemia”, destacou.

Ainda na ocasião, o senador destacou que a Proposta de Emenda à Constituição 125/11 da reforma eleitoral não deve ser aprovada no Senado Federal. A PEC foi aprovada em segundo turno, na noite da última terça-feira (17).

“A reforma não deve ser aprovada. A gente nem testou o funcionamento do sistema eleitoral atual, apenas os vereadores passaram por isso. É importante diminuir o número de partidos no Brasil, isso facilita a governabilidade e vai na linha de outros países democráticos”, concluiu.