Coronavírus


Brasil chega a 55 mil trabalhadores libertados da escravidão


Publicado 22 de julho de 2020 às 11:43     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação / MPT

O Brasil chegou a marca de 55 mil trabalhadores tirados da escravidão contemporânea. Os números, que foram divulgados pelo Ministério da Economia, compreendem o período entre maio de 1995 e o final do primeiro semestre de 2020. Ao todo, R$ 108 milhões foram quitados por patrões referentes a salários atrasados, além de verbas rescisórias, sem contabilizar as indenizações. As informações foram publicadas pelo colunista Leonardo Sakamoto, nesta terça-feira (21).

Segundo a publicação, 231 pessoas foram tiradas do trabalho escravo no primeiro semestre deste ano, em 45 ações de fiscalização. No entanto, a pandemia de covid-19 reduziu a quantidade de operações se comparadas ao mesmo período no ano passado, quando foram realizadas 52 ações e 232 pessoas resgatadas.

O chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), Maurício Krepsky, destacou que: “Desde que o primeiro caso de covid-19 no Brasil foi registrado, no dia 26 de fevereiro, 201 trabalhadores foram resgatados em 22 operações”.

Pandemia deve elevar casos de trabalho escravo

O relator especial das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão, Tomoya Obokata, afirmou que a pandemia deve aumentar o número de trabalho escravo no mundo.

“Durante a atual emergência sanitária, exorto os estados a identificar as pessoas que enfrentam o maior risco de cair em trabalhos exploradores e aumentar sua proteção por meio de políticas de salvaguarda”, disse Obokata. Ele ainda complementou dizendo: “Se nenhuma ação for tomada nesse sentido, existe o risco de que significativamente mais pessoas sejam empurradas para a escravidão agora e no longo prazo”, ressaltou o relator.



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