O Brasil foi o único país entre os que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) a apoiar a proposta dos Estados Unidos (EUA) em acabar com referências de apoio à Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma resolução da ONU que sugeria um compromisso global com o objetivo de fortalecer o combate a pandemia do novo coronavírus (covid-19). As informações foram publicada pelo colunista Jamil Chade, do Uol, neste sábado (28).

O voto aconteceu na semana passada, no Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU. O documento recomenda “o fortalecimento nacional e internacional da resposta ao impacto da pandemia sobre mulheres e meninas”.

No entanto, tendo já anunciado sua ruptura com a OMS, o governo dos EUA apresentou um projeto de emenda para abolir um parágrafo do texto original. O trecho a ser vedado afirmava que os países reconheciam “o mandato constitucional da Organização Mundial da Saúde de agir como autoridade de direção e coordenação do trabalho internacional no domínio da saúde, e reconhecendo o seu papel-chave de liderança no âmbito da resposta mais vasta das Nações Unidas”.

Ao todo, 161 países votaram contra a emenda americana, cinco se abstiveram, e apenas o Brasil votou a favor. Cerca de 30 países não compareceram para o voto. A votação mostrou que nenhum outro aliado do governo de Donald Trump seguiu o caminho proposto pelos EUA.