Economia


Desemprego chega a 14,3% e atinge 14,1 milhões de pessoas, aponta pesquisa


Publicado 29 de dezembro de 2020 às 12:03     Por Fernanda Sales     Foto Arquivo / Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,3% no trimestre de agosto a outubro deste ano e atingiu 14,1 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (29) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o trimestre anterior, de maio a julho, houve aumento de 0,5 ponto percentual (13,8%). Já em comparação com o mesmo trimestre de 2019, são 2,7 pontos percentuais a mais (11,6%).

De acordo com informações do Uol, a população desocupada cresceu 7,1% (mais 931 mil pessoas à procura de emprego no país) frente ao trimestre anterior e aumentou 13,7%, 1,7 milhão de pessoas a mais, em relação ao mesmo trimestre de 2019.

Além do aumento no número de pessoas à procura de emprego, houve alta de 2,8% na população ocupada, que chegou a 84,3 milhões de pessoas. Apesar do aumento no número de pessoas ocupadas em comparação ao trimestre anterior, ainda há queda na ocupação e aumento na população fora da força quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado.

“Se compararmos com o mesmo trimestre do ano anterior, temos uma população ocupada que é menor em quase 10 milhões de pessoas e um aumento de 12 milhões na população fora da força. Então esse pode ser um início de uma recomposição, mas as perdas acumuladas na ocupação durante o ano ainda são muito significativas”, disse a analista de pesquisa Adriana Beringuy, ao site.

Número de empregados sem carteira aumenta
Segundo a publicação, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado aumentou 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a 9,5 milhões. O número de trabalhadores por conta própria (22,5 milhões) subiu 4,9% (mais 1,1 milhão) na comparação com o trimestre anterior. A taxa de informalidade chegou a 38,8% da população ocupada, o que representa 32,7 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, essa taxa havia sido de 37,4%.

Desalento
O contingente de pessoas desalentadas, que não buscaram trabalho, mas gostariam de conseguir uma vaga e estavam disponíveis, foi estimado em 5,8 milhões, ficando estável em relação ao último trimestre. No entanto, ao ser comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, o aumento é de 25%.

Metodologia da pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.



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