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General Heleno admite que agentes da Abin monitoraram ‘maus brasileiros’ em Cúpula do Clima


Publicado 17 de outubro de 2020 às 10:33     Por Fernanda Souto     Foto Valter Campanato/ Agência Brasil

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, admitiu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou participantes da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 25), realizada em Madri, em dezembro do ano passado. A declaração dele foi feita em seu perfil do Twitter, nesta sexta-feira (16).

O general escreveu que o órgão deve acompanhar campanhas internacionais apoiadas por “maus brasileiros”, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entende como prejudiciais ao país.

“Temas estratégicos devem ser acompanhados por servidores qualificados, sobretudo quando envolvem campanhas internacionais sórdidas e mentirosas, apoiadas por maus brasileiros, com objetivo de prejudicar o Brasil”, escreveu o ministro.

Pouco tempo depois, Heleno disse: “Repórter, mal intencionado, do Estadão, deturpou o que eu disse. O GSI não monitora ninguém. DECLAREI que a ABIN tem atribuição legal de acompanhar eventos estratégicos, como a COP25. É UMA INSTITUIÇÃO DE ESTADO, brasileira, que atua em defesa dos interesses da NOSSA PÁTRIA”.

Há cinco dias, o Estadão revelou detalhes da operação realizada por quatro agentes da Abin no mais importante evento sobre o clima do mundo. De acordo com o jornal, um dos oficiais de inteligência enviados à Espanha confirmou que o objetivo era monitorar e relatar menções negativas a políticas ambientais do governo Bolsonaro, principalmente na Amazônia.

 



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