O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pagou a dívida de 2019 e 2020, de cerca de US$ 32 milhões, à Organização Mundial da Saúde (OMS). O valor é o segundo maior déficit na entidade. As informações foram divulgadas pelo colunista Ramil Chade, do portal Uol, neste domingo (11).

As contribuições dos governos não são voluntárias, pois quando um país adere à entidade, passa a ter que pagar um valor anual, com base no tamanho de sua economia e renda. De acordo com as regras, se um pagamento não for feito por mais de dois anos, o governo perde o poder de voto nas decisões da OMS.

O Ministério da Economia, responsável por os pagamentos, explicou que o governo “trabalha com vistas a compatibilizar o imperativo do ajuste fiscal com obrigações assumidas pelo país junto a organismos internacionais”.

“Nos últimos anos, as leis orçamentárias anuais não lograram contemplar a integralidade dos compromissos junto às mais de 100 instituições internacionais a que o Brasil é associado”, acrescentou a pasta.

Além do governo brasileiro, os Estados Unidos (EUA) também criou problemas com o pagamento. O governo estadunidense anunciou que não iria enviar dinheiro à OMS, como protesto, pois segundo ele, a agência teve um comportamento inadequado em relação aos interesses chineses.