Brasil


João Alberto Freitas foi asfixiado por 4 minutos diante de 15 testemunhas em Carrefour


Publicado 22 de novembro de 2020 às 09:18     Por Larissa Barros     Foto Reprodução

Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram que João Alberto Silveira Freitas, o homem negro assassinado por dois seguranças brancos dentro de uma loja do Carrefour, foi asfixiado por quatro minutos, diante de 15 testemunhas, em Porto Alegre.

Segundo o jornal folha de São Paulo, o vídeo obtido mostra, ainda, que Freitas agrediu um dos vigilantes. Por causa da qualidade das imagens não é possível ver com clareza se um dos seguranças, Giovane Gaspar, disse algo que teria desencadeado a primeira agressão. A gravação mostra que, antes de agredir Giovane, João Alberto Freitas para por um segundo e olha para o vigia.

De acordo com a publicação, além dos dois seguranças, é possível ver uma fiscal do hipermercado filmando e observando o espancamento sem interferir na agressão. No momento em que um homem tenta ajudar Beto Freitas, ele é afastado pela fiscal enquanto outros dois seguranças de terno se aproximam.

Diversas pessoas passaram pelo local durante as agressões, no entanto, e ninguém interviu, segundo as imagens. As imagens mostram que quando João Alberto Silveira Freitas se mexeu pela última vez há cerca de 17 pessoas no local, incluindo os dois seguranças que o sufocaram e a fiscal.

Ainda segundo a publicação, a fiscal disse ao homem que filmou o sufocamento de Freitas: “não faz isso [filmar] que eu vou te queimar na loja”. A funcionária também afirmou que João Alberto “deu em uma mulher lá em cima”. Ao ser questionada sobre a brutalidade dos seguranças ela diz: “Se você conseguir acalmar ele, eu tiro todo mundo de cima dele [Alberto Freitas]”.

Beto Freitas foi velado e sepultado no cemitério São João, em Porto Alegre,neste sábado (20), enquanto haviam pedidos de justiça e fim do racismo.

 



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