Brasil


Jornalistas sergipanos são agredidos por funcionários da prefeitura de município na Bahia


Publicado 27 de outubro de 2020 às 11:41     Por Eduardo Costa     Foto Reprodução

Jornalistas sergipanos foram agredidos, em Paulo Afonso, na Bahia, por funcionários da prefeitura local, nesta segunda-feira (26). Leonardo Dias e Larissa Baracho iriam fazer registros sobre a retirada de equipamentos de hospitais contra a covid-19 na cidade por causa de falta de pagamento às empresas responsáveis. Porém, foram atingidos por jatos de spray de pimenta vindos de pessoas ligadas ao prefeito Anilton Bastos (Podemos).

O momento foi registrado em vídeo e mostra os jornalistas conversando com quatro pessoas em volta. Eles tinham autorização judicial e faziam registros próximo ao Hospital da Covid Nair Alves de Souza. Eis que uma das pessoas, ao verem a autorização judicial nas mãos dos jornalistas, saca um tubo de spray de pimenta e solta jatos em direção ao rosto dos dois, em especial ao de Leonardo.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor-SE) lançou nota de repúdio em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sindijor-BA) e com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O Sindijor sergipano pediu investigações e afirmou que foi prestado o Boletim de Ocorrência.

“Além de enaltecer o repúdio contra esse ato, lamentavelmente protagonizado em um momento em que as ideias e propostas de avanços unificados deveriam prevalecer, solicitamos que as investigações sejam realizadas com rigor, e que os agressores respondam pelo ato infracional cometido”, afirmou o Sindicato.

O próprio Leonardo Dias se pronunciou nas redes sociais e mostrou o estado do rosto após os ataques. “Esse foi o resultado de uma ação ousada e desrespeitosa de funcionários ligados à prefeitura de Paulo Afonso. Vim cobrir o ocorrido, fomos expulsos e ameaçados. Duas pessoas da prefeitura jogaram spray de pimenta no meu rosto. Estou aqui triste e indignado como jornalista, sendo impedido de exercer meu ofício e sofrendo esta ação covarde”.



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