Economia


Quadro de auditores fiscais do trabalho é o menor desde 2009, diz site


Publicado 28 de dezembro de 2020 às 11:00     Por Fernanda Sales     Foto Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O quadro de auditores fiscais do trabalho na ativa é o menor desde pelo menos 2009. Atualmente, são 2.051 servidores da carreira na ativa e em janeiro de 2009, eram 3.113. As informações são do Ministério da Economia e foram divulgadas pelo site Metrópoles.

Esses funcionários são responsáveis por combater o trabalho análogo à escravidão e o trabalho infantil, entre outras atribuições. A diminuição na quantidade de pessoas desempenhando a função tem um impacto direto nessas atividades. Apenas o número de estabelecimentos fiscalizados contra o trabalho análogo à escravidão caiu 20% na comparação entre 2009 e 2019.

De acordo com a publicação, a diminuição na quantidade de auditores fiscais do trabalho não foi repentina. Ela tem acontecido paulatinamente desde 2009 pelo menos.

O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Bob Machado, disse ao site que o último concurso para a carreira foi realizado há sete anos, em 2013. E traça um panorama ainda mais grave: “Desde então, o número de aposentadorias vem aumentando e temos o menor quadro desde 1993”.

Segundo o Metrópoles, em 2009, 3.669 pessoas foram resgatadas do trabalho análogo à escravidão. Em 2019, foram 1.052. O número de estabelecimentos fiscalizados passou de 352 para 279 no mesmo período.

A procuradora do Trabalho e titular da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), Lys Sobral Cardoso, explicou que em 2020, com a pandemia, as equipes que realizam as fiscalizações ficaram três meses paradas.

Ao site, o Ministério da Economia informou que “não comenta demandas de concursos públicos encaminhadas pelos órgãos da Administração Pública Federal que ainda estão em análise. As autorizações, quando realizadas, são publicadas no Diário Oficial da União e disponibilizadas no site do Ministério da Economia”.



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