Brasil
“Ter apenas 16% de líderes negros na empresa é inaceitável”, diz presidente da Magazine Luiza
Após a Magazine Luiza ser acusada de racismo reverso por abrir um processo de trainee apenas para pessoas negras, o presidente da Magazine Luiza, Frederico Trajano, defendeu a decisão e afirmou que ter apenas 16% de líderes negros na empresa é inaceitável.
“Infelizmente, eles são poucos e, por isso, quase invisíveis. Atualmente, apenas 16% dos representantes da liderança da empresa são negros. No comitê executivo, do qual faço parte, não há nenhum. Nosso conselho de administração — um exemplo em diversidade graças à alta participação de mulheres (são três, num total de sete) — também não conta com nenhum homem ou mulher negros”, disse Trajano, em um artigo no site Brazil Journal, neste sábado (18).
De acordo com o presidente, a empresa não tem a pretensão de corrigir mazelas históricas do país, mas tem sim obrigação de corrigir os problemas da própria companhia, como a falta de representatividade na direção.
“Para uma empresa que prega o valor das pessoas e da diversidade e que celebra todos os dias o Brasil, um país multirracial, seria uma hipocrisia fechar os olhos e assumir que não há alguma coisa errada. É claro que há”, explicou Trajano.
Por fim, o presidente da Magazine afirmou que a meritocracia no novo programa de trainees está começando agora começa agora, e que ficarão na empresa aquelas pessoas que tendo as mesmas oportunidades iniciais dos demais, “se destacarem, trabalharem duro e se identificarem com os valores do Magalu”.
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