Política


‘Vou defender Ciro, mas não impomos um nome’, diz presidente nacional do PDT


Publicado 01 de dezembro de 2020 às 11:22     Por Fernanda Sales     Foto Wilson Dias / Agência Brasil

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, falou sobre o resultado das eleições municipais deste ano e afirmou que pretende usar as alianças firmadas e prefeituras conquistadas para pavimentar o posicionamento que o partido tomará em 2022. Em entrevista ao site BR Político, o presidente da sigla disse que irá defender Ciro Gomes para presidente, mas que o partido não impôs um nome. “Queremos conquistar um projeto que represente uma alternativa para esse neoliberalismo que está imposto no Brasil”, disse ao site.

De acordo com a publicação, apesar de ter tido uma queda em relação a 2016, o PDT é o partido que governará a maior população entre as siglas que se colocam à esquerda no espectro político: 10,8 milhões de pessoas. Para Carlos Lupi, o resultado mostra que o partido ganhou “consistência” para levar seu projeto presidencial adiante.

Em uma eleição que deu as maiores vitórias a partidos de centro e centro-direita, o PDT foi o que mais conseguiu segurar o comando de prefeituras no campo progressista. O posicionamento da sigla, no entanto, tem sido embaralhado com a aliança firmada com o DEM em Salvador, que Lupi vê como um ponto de partida para uma parceria maior. Ciro Gomes, principal nome do PDT para 2022, tem adotado um tom de litígio com alguns nomes da esquerda e principalmente com o PT, o que pode dificultar a formação de uma aliança ampla no campo para o futuro.

No entanto, durante a entrevista ao site, o presidente destacou que a sigla não pretende recusar apoios da esquerda e acrescentou que, apesar de defender o nome de Ciro, não o colocará como imposição em uma possível aliança.

Sobre Flávio Dino, criticado por Ciro nesta segunda-feira, 30, Lupi diz acreditar que “o processo mais natural” é que o governador do Maranhão esteja junto ao PDT. “Até porque nós já o apoiamos em duas eleições”, disse. “É um nome consistente, que tem tudo para crescer na política. Mas temos que ter clareza que nós o apoiamos desde sua primeira eleição, o que não foi feito pelo PT”, acrescentou.

Questionado se o partido investirá mais em alianças com o centro ou com a esquerda até 2022, o presidente destacou que a sigla está construindo um projeto cuja base é uma aliança com o PSB, que, segundo ele, “foi muito exitosa nestas eleições, não só em vitórias eleitorais, é exitosa no sentido de ter uma costura que se espalhou para o Brasil todo”.

Ele também falou que é preciso ter alianças com setores do capital produtivo. “Alianças, como já estamos fazendo, com prefeituras exitosas, como exemplo a de Salvador, onde fomos aliados de ACM Neto, lançamos o candidato a vice e ganhamos no primeiro turno. A gente olhou a questão da gestão e isso pode possibilitar uma aliança exitosa para o futuro também”, finalizou.

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