Carnaval


Catador de latinha garante renda extra no Rasgadinho e fala de preconceito


Publicado 26 de fevereiro de 2020 às 09:26     Por Larissa Barros     Foto Larissa Barros / AjuNews

Durante a concentração do cortejo do último dia do Bloco Rasgadinho, nesta terça-feira (25), catadores de latinhas se concentraram a espera de mais foliões na rua Dom Bosco, no bairro Cirurgia, Aracaju. O objetivo de tanta espera é para conseguirem latinhas suficientes para vender e ter uma renda extra.

Para Josivaldo Gonzaga, um dos trabalhadores que participou dos quatro dias do Rasgadinho, a experiência de fazer parte do cortejo é muito boa, principalmente, por causa da quantidade de material que catou por dia. “Já catei sete quilos, oito. É vender, e guardar dinheiro para levar para casa”.

“Tem que saber como vai catar, se empurrar uma pessoa tem que pedir desculpa e tal. Tem alguns que querem fazer confusão, outros manera; espero catar muita latinha”, disse Josivaldo. Segundo ele, o bom do Carnaval de Aracaju é a alegria das pessoas.

Apesar da alegria em trabalhar no Carnaval, Josivaldo contou que ainda sofre muito preconceito por realizar esse trabalho. “Algumas pessoas pensam que a gente trabalha assim para comprar droga. Ai trata mal, mas nem todo mundo é assim”, desabafou.

De acordo com a Associação Brasileira do Fabricante de Latas de Alumínio, o Brasil reciclou 280 mil toneladas de latas de alumínio para bebidas em 2016, reaproveitando 97,7% do volume comercializado. O trabalho de coleta dessas latas é feito com a ajuda de associações que recolhem esse material e principalmente por pessoas como Josivaldo, que aproveitam as festas do estado para ajudar o meio ambiente e ganhar uma renda extra.



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