Economia
Cesta básica sobe custo no mês de junho em Aracaju
Mesmo com a alta da cesta básica, Aracaju segue tendo o menor valor dos itens alimentares de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital sergipana apresentou um aumento de 16,76% nos últimos 12 meses e chegou a R$ 549,91 em junho.
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos também apontou que, para comprar a cesta básica, o trabalhador compromete 49,05% de um salário mínimo líquido. O custo da cesta básica de alimentos aumentou em junho em nove das 17 capitais onde foi realizado o levantamento.
De acordo com os dados da pesquisa, em 10 anos, o trabalhador que é remunerado apenas com o salário mínimo precisa aumentar a jornada de trabalho em 36,8% para conseguir comprar uma cesta básica. Em maio de 2012 o valor de uma cesta básica era equivalente a 88 horas e 21 minutos de horas trabalhadas. Já em 2022, são necessárias 120 horas e 52 minutos para comprar uma cesta básica.
Segundo o Dieese, em maio de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.535,40, ou 5,39 vezes o valor atual que é de R$ 1.212,00. Em maio de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.351,11, ou 4,86 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.
Alimentos que tiveram aumento nos preços
A pesquisa do Dieese mostrou que entre os meses de maio e junho o leite integral e a manteiga registraram aumento de preços em todas as cidades pesquisadas. A explicação para o aumento, segundo o departamento, está no período de entressafra e o impacto da estiagem nas pastagens, que reduziram a oferta do leite e, somada aos altos custos de produção, com alimentação do gado e medicamentos, resultaram em elevação do preço do produto, além da demanda pela compra da matéria-prima e o impacto da desvalorização do real frente ao dólar.
Outro alimento que teve aumento no quilo foi o pão francês, já que a farinha de trigo, que é coletada no Centro Sul, teve aumento no preço majorado em todas as capitais, sendo que os maiores preços ocorreram em Salvador (30,32%) e Aracaju (28%). O Dieese explica que, apesar do preço internacional estar em queda, no Brasil, a baixa oferta de trigo no país e a taxa de câmbio desvalorizada elevaram o preço do grão e dos seus derivados.
O valor do quilo do feijão carioquinha subiu em todas as cidades. As altas foram explicadas pela baixa oferta do grão. A batata apresentou queda de preço em todas as cidades, consequência da maior oferta em razão da intensificação da colheita da safra de inverno.
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