Saúde


Coletivos e vereadora denunciam entrega de comida estragada em abrigos de Aracaju; prefeitura nega


Publicado 24 de julho de 2021 às 14:17     Por Dhenef Andrade e Peu Moraes     Foto Reprodução / Redes Sociais / @pastoralpovodarua

A pastoral Povo da Rua, o coletivo Nutris Contra a Fome e a vereadora Linda Brasil (Psol) denunciam que moradores de rua estão recebendo comida estragada nos abrigos provisórios localizados na escola Freitas Brandão, no bairro Getúlio Vargas, e no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Terezinha Meira, no bairro Olaria, ambos em Aracaju, sob administração da Secretaria Municipal da Assistência Social (Semas).

De acordo com as instituições, os acolhidos estão comendo refeições do dia anterior com mal cheiro e com gosto azedo. Além disso, os denunciantes citam que relatos estão comprovados em áudios contados por mais de uma pessoa.

“Quer dizer que as pessoas em situação de rua sai das ruas para deixar de comer lixo e quando chega nos abrigos da prefeitura comem esse tipo de comida ?”, reclama em postagem a pastoral.

Segundo eles, não é a primeira vez que o fato acontece e que a reclamação parte de mais de uma pessoa, em especial quanto às refeições ofertadas durante a semana no Abrigo Freitas Brandão.

“Absurdo, neste momento onde tantas pessoas estão em situação crítica de fome, os moradores de um abrigo de Aracaju terem que jogar a comida recebida no lixo porque está estragada!”, escreveu nas redes sociais representantes do coletivo Nutris contra a fome.

Situação semelhante foi discutida em reunião realizada entre a pastoral e a secretária de assistência social, Simone Passos. Eles afirmam que o caso foi resolvido de imediato, mas que nos últimos dias as reclamações estão sendo exorbitantes.

O outro lado
Em nota a Semas desmentiu “enfaticamente a informação que distribuiu marmitas com alimentos estragados às pessoas em situação de rua acolhidas nos abrigos temporários”.

Além disso, a pasta afirma que a equipe de nutrição da Gerência de Segurança Alimentar e nutricional adota rigoroso processo de controle de segurança alimentar junto aos fornecedores Restaurante Padre Pedro e empresa Alexandria, inclusive acompanhando a confecção das marmitas e a sua distribuição.

A secretaria reforça também que segue rigidamente as orientações quanto ao processo de embalo das 3.256 refeições fornecidas mensalmente pelas empresas citadas, eliminando qualquer risco de irregularidade.

A administração municipal ressalta ainda que tem realizado um trabalho de conscientização da equipe nutricional junto aos usuários quanto ao consumo e armazenamento da alimentação, uma vez que são alimentos que devem ser consumidos imediatamente por serem perecíveis.



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