Coronavírus


Crise gerada pela pandemia faz aumentar número de desempregados nas ruas e abrigos


Publicado 05 de julho de 2020 às 14:02     Por Dhenef Andrade     Foto Rovena Rosa / Agência Brasil

A procura por abrigos temporários na cidade de São Paulo aumentou após a crise do novo coronanvírus (covid-19). O crescimento na oferta de vagas de acolhimento pela prefeitura demonstra isso. No início da pandemia, em abril, eram 594, em julho, já são 1.072, sendo 672 em oito equipamentos emergenciais e outras 400 em quatro Centros Educacionais Unificados (CEUs).

Segundo divulgado pelo jornal Estadão, neste domingo (5), a alta demanda também é provocada pelo aumento de pessoas que ficaram desamparadas diante da crise, como é o caso das que não conseguiram trabalho ou que foram demitidas. Quando não conseguem a vaga, o destino de muitos são as ruas. Antonio, 35 anos, que preferiu não revelar o segundo nome, é ajudante de serviços gerais e ainda não conseguiu espaço nesses abrigos.

Ele dorme sob o Viaduto Bresser, no Belém, bairro da Mooca, Zona Leste de São Paulo, desde o início de junho. Espera a chegada de um primo de Itabaiana, Sul da Bahia, que vai trazer roupas e dinheiro. “É uma situação vergonhosa. Não tenho dinheiro para comprar um sabonete”.

Casos como os citados explodiram na cidade após a eclosão da pandemia, mas instituições filantrópicas afirmaram à reportagem que há subnotificação nas estatísticas oficiais. Elas apontam que há cerca de 30 mil pessoas nas ruas de São Paulo. Segundo a Prefeitura, de acordo com o Censo da População em Situação de Rua de 2019, são 24.344 pessoas nessa condição na capital.

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