O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, durante uma teleconferência realizada nesta sexta-feira (20), medidas adotadas pelo estados na contenção do novo coronavírus (covid-19). O principal alvo das críticas de Bolsonaro foi mais uma vez o governador Wilson Witzel (PSC-RJ), que mandou fechar as estradas e os aeroportos do Rio de Janeiro para a entrada de transportes vindos de outros estados em que há casos de covid-19. As informações são do site Uol, publicadas nesta sexta.

Para o presidente, medidas como estas podem ser ainda mais danosas do que o novo coronavírus. “Eu, como estadista, tenho falado ao Brasil que não podemos entrar em pânico. Temos de tomar as medidas, mas sem histeria. Temos quase 12 milhões de desempregados no Brasil. Se este número crescer muito, outros problemas colaterais surgirão. O mal que pode ocasionar este congestionamento pode ser até maior do que o do vírus”, disse Bolsonaro.

Na reunião, estavam presentes os empresários Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração da BRF, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Banco Bradesco, Alejandro Botero, vice-presidente da Renault no Brasil, e Carlos Sanchez, dono da EMS, empresa farmacêutica de genéricos. Também se pronunciaram os ministros Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, e Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil.

Mandetta afirmou que vai sugerir que os limites dos territórios estaduais passem para o comando de Bolsonaro, que, assim, centralizaria todas as decisões referentes a estradas e aeroportos. “Hoje, às 18h, nós vamos passar essa posição e o presidente vai poder, no momento certo, anunciá-la para podermos organizar o ‘ir e vir’.Mais difícil do que fechar uma cidade, um supermercado ou um shopping é saber quando abrir. Fechar é fácil, qualquer prefeito está dando ordem. Quando vamos reabrir? Eu preciso de uma série de informações para reabrir com segurança”.