Epicentro das contaminações pelo novo coronavírus (covid-19) em Sergipe, Aracaju registrou nesta semana uma alta considerável nas testagens positivas para a doença. Conforme apurou o Ajunews, apenas entre domingo (13) e sexta (18) foram 460 casos, quantitativo que não era verificado desde o mês de julho. Os dados estão disponívieis na plataforma disponibilizada pela Prefeitura.

A semana compreendida entre 18 e 23 de julho somou 700 casos, último registro de alta considerável na capital sergipana. A alta nas contaminações, a exemplo do que ocorreu de forma semelhante no fim do ano passado, tem relação com a nova variante circulante no país: a BQ.1. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a BQ.1 tem mutações genéticas que faz com pessoas se infectem com mais facilidade, apesar da imunidade gereada pela vacina.

Eventos recentes em Aracaju, como o Pré-Caju, realizado a pouco mais de 15 dias, tempo aproximado para a incubação do vírus, podem ter aumentado as contaminações. Com a chegada das festividades de fim de ano, com mais aglomerações e diminuição do uso de máscaras, a preocupação é que a capital sergipana volte a ter uma sequência semanal de casos. As recomendações para que se evite o cenário de lotação de unidades básicas de saúde no início de janeiro é que a população cumpra o calendário da vacinação contra a covid-19 e use máscara de proteção em locais com grande aglomeração.

A volta dos cuidados para evitar contaminação massisa também é da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu, além disso, o incremento da vacinação, e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.

A entidade divulgou nota técnica de alerta, elaborada por seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

“Pelo menos em quatro estados da federação, já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz o texto, baseado nos dados divulgados ontem (10) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.

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