O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste sábado (28) que o país irá encerrar a quarentena considerada a mais longa do mundo, em vigor desde 20 de março. Ao total, foram oito meses em estado de isolamento oficial. A decisão se dá após as grandes aglomerações vistas em Buenos Aires durante o velório do ídolo nacional Diego Armando Maradona, que faleceu na última quarta-feira (25).

Fernández anunciou que, com exceção de duas cidades, a quarentena irá se encerrar. “Verificamos que, nas duas últimas semanas, a quantidade de casos caiu aproximadamente 30% no país. Vamos manter em isolamento social apenas em duas cidades: Bariloche e Puerto Deseado [ambas na Patagônia]. Esta nova etapa vai até 20 de dezembro”, confirmou.

O fim da quarentena se aplica a dez das 24 províncias argentinas, a maioria no interior. Na capital Buenos Aires, o encerramento do período já havia começado em 9 de novembro. Mas algumas restrições, como as do transporte público, seguem firmes. Fernández traçou a meta do país em vacinar 13 milhões de pessoas no outono, entre janeiro e março de 2021.

“Quando março chegar, queremos que todos os grupos de risco estejam imunizados. O total de pessoas que deveríamos vacinar entre janeiro e março é de 13 milhões de pessoas, cerca de 25% dos argentinos. Esse é o esforço que devemos encarar agora”, declarou.

O presidente ainda lembrou que a população “deve continuar com o esforço porque o problema da pandemia não foi superado”. No caso do velório de Maradona, que foi organizado pelo governo, a oposição denunciou penalmente Alberto Fernández por promover um ato que favoreceu a propagação da covid-19.

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