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Após denúncia, Adema nega que mortandade de peixes na Barra dos Coqueiros seja crime ambiental


Publicado 27 de janeiro de 2021 às 15:39     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Adema

A mortandade de peixes em um tanque, na Barra dos Coqueiros, Grande Aracaju, não foi um crime ambiental, segundo informou o presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Gilvan Dias. O caso aconteceu no povoado Jatobá e foi denunciado por um morador do local, nesta terça-feira (26).

Segundo Dias, o reservatório para peixes foi criado no local onde moradores foram desocupados, por conta da instalação de uma termoelétrica das Centrais Elétricas de Sergipe (Celse). Após as pessoas saírem, os imóveis foram demolidos e, por isso, havia escombros dentro do lago, o que ocasionou na morte dos animais por falta de oxigênio.

“A empresa vai fazer o replantio, vai promover um plano de recuperação e entregar aquilo revitalizado para o estado, porque aquela parte é da Codise [Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe]. Não existe nenhum crime ambiental sendo cometido. Entramos em contato com a Celse e eles nos informaram o que ocorreu. As equipes estiveram lá”, explicou.

Ainda de acordo com o presidente da Adema, o lago do local é artificial e ilegal, pois funcionava sem autorização do órgão. “Estamos observando e fazendo as inspeções e fiscalizações necessárias no local para que possa ser observado o que de fato está ocorrendo para que haja essa mortandade. Queremos averiguar como está o oxigênio alí daquela lagoa artificial e porque os peixes estão morrendo. Se é o calor excessivo, o lançamento de esgoto, se é algum produto químico e qual o metal pesado que esteja alterando esse ph da água”, detalhou.

Em nota, a Celse negou que a termoelétrica tenha relação com as mortes dos peixes. “A Celse vem realizando trabalho de demolição das antigas moradias e remoção do entulho de acordo com as normas legais vigentes, incluindo as de segurança e preservação ambiental. A Celse reafirma seu compromisso socioambiental e com a população local, e esclarece, mais uma vez, que a denúncia não tem relação com as suas atividades na região.”



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