Política


Após fracasso do Ministério da Saúde, governo restringe exportação de seringas e agulhas


Publicado 04 de janeiro de 2021 às 07:41     Por Eduardo Costa     Foto Tânia Rego/AjuNews

O governo federal restringiu a exportação de seringas e agulhas por meio de uma portaria publicada no último 31 de dezembro. A decisão tomada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia se dá após o fracasso na tentativa inicial de compra destes produtos por parte do Ministério da Saúde.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o Ministério da Saúde só conseguiu encaminhar contratos de 7,9 milhões dos 331 milhões de conjuntos de seringas e agulhas procurados. Assim, a Saúde pediu à economia que tais objetos fossem incluídos como itens essenciais para combater a covid-19. Assim, eles poderiam ter a exposição impedida.

Com tal decisão, a venda de seringas e agulhas para outros países agora exige “licença especial de exportação de produtos para o combate à covid-19”. Eles se juntam a outros produtos que já estavam na lista, como respiradores pulmonares, máscaras e luvas. O Ministério da Saúde tem rechaçado publicamente comentários de que existem dificuldades por parte do governo para encontrar seringas.

Na sua última live nas redes sociais em 2020, no dia 31 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o grande problema é a inflação do mercado: “Vocês sabem para quanto foi o preço da seringa? Aqui é Brasil. Sabem como está a produção disso? Como o mercado reagiu quando souberam que vão comprar 100 milhões ou mais de seringas?”.

Caso os preços estimados pelo Ministério sejam seguidos, a compra dos 331 milhões de conjuntos iniciais custaria R$ 60,7 milhões. A data máxima de planejamento para chegada destes insumos era 28 de fevereiro.

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