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Auxílio emergencial impede que 23,5 milhões caiam na pobreza, diz estudo


Publicado 16 de agosto de 2020 às 09:40     Por Larissa Barros     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O auxílio emergencial criado pelo governo federal evitou que cerca de 23,5 milhões de brasileiros caíssem na pobreza. A informação faz parte de um estudo feito pelo pesquisador Rogério Jerônimo, da Universidade de São Paulo (USP) e Ian Prates, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, neste sábado (15).

Segundo dados da pesquisa, pelo menos 5,5 milhões de pessoas tiveram aumento de renda com a ajuda do governo. As medidas foram adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro em abril, e é auxílio é voltado à informais e atende 65,9 milhões de pessoas.

“Na ausência de qualquer benefício dessa natureza, a desigualdade teria aumentado de modo constante e rápido”, escrevem Barbosa e Prates, na nota publicada pelo Ipea em julho.

De acordo com os pesquisadores, foi feito o cruzamento de dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad), do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e dos dois programas. Além disso, ela levou em conta os indicadores como emprego, renda, taxa de pobreza e um indicador de desigualdade.

Ainda segundo o estudo, é considerada pobre a pessoa com uma renda domiciliar per capita inferior a R$ 348,33, equivalente a um terço do salário mínimo, de R$ 1.045. Caso não houvesse o benefício de R$ 600, a taxa de pobreza teria ido a 29,8% da população, o que equivale a 63,1 milhões de brasileiros.

“O auxílio emergencial foi uma política desenhada pelas necessidades de momento. Ele deu um valor às famílias que é muito mais alto do que elas estavam acostumadas a ganhar”, diz Prates.



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