O presidente Jair Bolsonaro (partido) quer um novo ministro da Saúde seja médico, cristão e de São Paulo, segundo a colunista Denise Rothenburg do jornal Correio Braziliente. Na publicação desta quinta-feira (16), a jornalista explica que o perfil paulista tem um objetivo fazer um contraponto ao governador João Dória (PSDB) com a defesa do fim do isolamento social pregado no estado que é visto como a locomotiva do Brasil.

Segundo a publicação, alguns dos médicos contactados já perceberam essa armadilha e recusaram o convite do presidente. Preferem ficar na frente de batalha, ou seja, nas trincheiras hospitalares. O então ministro Luiz Henrique Mandetta diz que está com o Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde e a ciência, e tem o compromisso de transparência de todos os números de casos. Sua fala, avaliam alguns, deixou o presidente com a missão de encontrar alguém que siga por esse mesmo caminho. Caso contrário, o novo ministro chegará sob o signo da desconfiança, o que seria o pior dos mundos.

A grande  desconfiança de que Bolsonaro determinará a um novo ministro que não divulgue o número de mortos pelo coronavírus (covid-19), e sim pela comorbidade,ou seja, cardiopatia grave e por aí vai. Seria a inversão dos fatores, algo que a atual equipe da Saúde não faz, porque, nesse caso, a inversão dos fatores altera o produto.