Política


Bolsonaro diz que variante Ômicron “não matou ninguém” e é “bem-vinda” no Brasil


Publicado 12 de janeiro de 2022 às 18:27     Por Redação AjuNews     Foto Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a nova variante da covid-19, a Ômicron, “não tem matado ninguém” e que ela é “bem-vinda” no Brasil, “segundo pessoas estudiosas”. As alegações foram feitas sem citar dados ou nomes, em entrevista à Gazeta Brasil, na manhã desta quarta-feira (12).

“A Ômicron não tem matado ninguém. O que morreu aqui em Goiás não foi de Ômicron… Com Ômicron… Na verdade, ele foi com Ômicron, e não de Ômicron. Ele já tinha problemas seríssimos, em especial nos pulmões. E acabou falecendo”, justificou Bolsonaro.

A primeira morte em decorrência da nova variante do coronavírus no Brasil foi registrada em Aparecida de Goiânia, em Goiás, na última quinta-feira (6). O registro foi feito por meio de sequenciamento genômico. A vítima da doença foi um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em uma unidade hospitalar e já havia sido vacinado com três doses contra a doença.

“A Ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, deve ter uma capacidade de se divulgar, de se difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveria até, segundo algumas pessoas estudiosas sérias e não vinculadas a farmacêuticas, né, dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia”, declarou Bolsonaro.

Uma análise realizada a partir de modelos criados pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), publicada em dezembro, mostra que duas doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 forneceriam 83,7% de proteção contra hospitalizações e mortes de pessoas infectadas pela variante.

Já a vacina da AstraZeneca pode fornecer uma redução do risco de doença grave de 77,1%. Além disso, com a dose de reforço da Pfizer, cientistas calcularam aumento da imunidade contra hospitalizações e mortes em mais de 93%. As estimativas foram baseadas em estudos de anticorpos neutralizantes que testam a Ômicron em sangue de pessoas vacinadas.

 



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