Política


Bolsonaro veta uso de dados de operadoras para monitorar aglomerações


Publicado 13 de abril de 2020 às 17:22     Por Roberta Cesar     Foto Reprodução / EBC

O Governo Federal adiou o início da medida que utiliza o uso de dados de operadoras para monitorar aglomerações durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). De acordo com uma postagem do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, em uma rede social, neste domingo (12), a suspensão foi determinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os dados só serão utilizados após algumas análises no sistema feita pelos técnicos do governo.

No dia 27 de março, Marcos Pontes anunciou uma parceria com as operadoras Algar, Oi, Claro, Vivo e Tim para utilizar os dados de geolocalização de aparelhos celulares e monitorar o fluxo e movimentação de pessoas durante a pandemia. A informação era de que os dados seriam repassados ao governo de forma anônima, gerando mapas de calor e sem identificar os donos dos aparelhos.

Após o anúncio, governos estaduais como o de São Paulo também anunciaram que pretendem usar a mesma ferramenta. Porém, a medida tem gerado fortes reações da base bolsonarista na Internet e no Congresso. Além disso, a ação está causando polêmicas nas redes sociais, especialmente entre militantes bolsonaristas.

Na postagem, Marcos Pontes disse que o governo federal não chegou a usar a tecnologia. “Assim, na verdade, reforço que o Governo Federal ainda não usou esta ferramenta e que será usada apenas se análises garantirem a eficiência e a proteção da privacidade dos brasileiros”, diz um trecho da postagem de Marcos Pontes. Ele ainda diz que recebeu uma ligação de Bolsonaro pedindo que a “ferramenta só fosse usada após análises extras pelo governo”.

“Atualmente, a ferramenta ainda está sob análise do Governo Federal quanto à aplicabilidade, garantia de privacidade e modo de operação”, afirmou Pontes em outro trecho.

Ele ainda explicou que o governo federal não tem participação nos acordos firmados por governos estaduais com as operadoras. “Quanto aos estados, eles têm autonomia e podem ter acordos diretos com as operadoras . O governo federal não tem controle ou participação nesses acordos”, concluiu o ministro.



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