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Brasileiros em Portugal têm dificuldades para marcar exames de covid-19 para volta ao Brasil, diz jornal


Publicado 30 de dezembro de 2020 às 12:00     Por Eduardo Costa     Foto Marieta Cazarré/Agência Brasil

A alta na procura por testes de covid-19 no fim de ano tem gerado muitas dificuldades para brasileiros que moram em Portugal. A partir desta quarta-feira (30), é obrigatório que eles testem negativo para que possam entrar no Brasil. Segundo o jornal Folha de São Paulo, vários brasileiros passam por problemas neste sentido.

A maioria dos países, como o Brasil, exige que os testes sejam realizados com 72 horas de antecedência. Com a maior movimentação em aeroportos pelas festas de fim de ano, a demanda de agendamentos em laboratórios está mais alta, e muita gente está tendo que correr atrás do exame para conseguir sua viagem.

Segundo a Folha, brasileiros tem relatado dificuldades não apenas em Portugal. Pessoas que moram em Paris, na França, e em Dublin, na Irlanda, também estão com problemas. Em compensação, cidades como Berlim, na Alemanha, têm registrado normalidade neste sentido. A expectativa é de melhora na demanda nos primeiros dias de janeiro, após o fim das festas.

No caso de Portugal, os testes são gratuitos apenas para pessoas com suspeitas de covid-19. Já nos laboratórios particulares, o exame chega a custar € 100. Entrevistada pela Folha, a paulistana Márcia Oliveira, que mora em Lisboa, está com passagem marcada para 31 de dezembro e relatou as dificuldades.

“Fui pega de surpresa quando anunciaram a obrigatoriedade do teste [em 17 de dezembro]. Já tinha agendado um exame no Brasil antes de ir a Portugal [exigência em vigor desde agosto], mas não tinha planejado fazer antes de embarcar de volta”, afirmou. Ao final, pagou € 100 (o equivalente a R$ 645) pelo teste em um laboratório particular.

Em Portugal, foram criados centros temporários de diagnósticos para realizar exames de covid-19. Segundo a paulistana Cecilia de Lucca, agências de viagem já estão fazendo recomendações. “A agência recomendou, mas, como a companhia aérea dizia que não era preciso [naquela altura], não fiz. Fiz depois de chegar ao Brasil, devido à possível exposição durante o voo e porque meus pais são do grupo de risco”, pontuou.

Em relação ao Brasil, a maioria dos países da União Europeia ainda aceita a entrada de brasileiros, apesar dos altos índices da covid-19. Porém, apenas em casos de pessoas com residência em algum país do bloco, ou em casos especiais de tratamentos de saúde e visitas a familiares.

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