Política


Carmópolis: Após irregularidades, Justiça impediu pagamento de R$ 2,6 mi a contratadas durante pandemia


Publicado 21 de agosto de 2020 às 13:30     Por Larissa Barros     Foto Divulgação/Ministério Público de Sergipe

Por causa de supostas irregularidades, R$ 2,6 milhões referentes a contratos firmados entre a prefeitura de Carmópolis, no Leste sergipano, e nove empresas deixaram de ser pagos após um pedido do Ministério Público do Estado de Sergipe (MP-SE) à Justiça. Na manhã desta quinta-feira (20), o órgão deflagrou a Operação Pandemonium, que investiga possíveis desvios de recursos públicos estaduais destinados ao combate da covid-19.

De acordo com o inquérito civil público, obtido pelo AjuNews, dos nove contratos, dois foram realizados pela Secretaria de Desenvolvimento, Inclusão e Assistência Social do Município. Um foi para a contratação de uma empresa para aquisição e fornecimento de cestas básicas, firmado com a M Miranda Carvalho Eirelli, no valor de R$ 120 mil. O outro foi para o fornecimento de kits com alimentos, provenientes da merenda escolar, feito com a Distribuidora Dari Ferreira Eireli-ME, no valor de R$ 416 mil.

Em relação à Secretaria de Saúde de Carmópolis, foram firmados sete contratos. Dois deles foram para aquisição de material médico-hospitalar, de limpeza e produtos de higienização: o primeiro com a PP Comércio Varejista de Materiais de Limpeza, no valor de R$ 84 mil; e o segundo com a empresa Nutri Comércio de Alimentos Eirelli EPP, de R$ 710 mil. Já para a aquisição de máscaras descartáveis em TNT, foi contratada a empresa Noiberth Diego Santos Bispo Comércio Varejista de Equipamentos para Escritório, no valor R$ 107 mil.

Para a prestação de serviços de sanitização nas ruas e logradouros, e da frota de veículos pertencentes ao município, foi firmado um acordo com a Dedetizadora Santos – Marcos Antônio dos Santos Serviços, no valor de de R$ 244,9 mil. Para fornecimento de sabonete líquido de erva doce a prefeitura firmou contrato com a Comercial MSS Atacados e Serviços Eireli-ME, no valor de R$ 49,9 mil.

A locação de salas climatizadas ficou a cargo da Destak Produções, Eventos e Estruturas Eirel, por R$ 750 mil. Por fim, a aquisição e fornecimento de álcool etílico líquido 70% e recipientes plásticos foi acertada com a Optima Soluções e Serviços Eirelli, em contrato de R$ 45.1 mil.

Nesta quinta-feira (20), a Polícia Federal (PF) também deflagrou a Operação Estroinas, que investiga desvio de recursos federais destinados ao combate da covid-19. Segundo a PF, sócios das nove empresas investigadas pela Operação Estroinas são pessoas com baixa instrução acadêmica e supostamente foram utilizadas como laranjas para encobrir os verdadeiros proprietários.

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