Saúde


Covid-19: Especialista explica diferenças entre vacinas CoronaVac, Pfizer e Oxford


Publicado 23 de dezembro de 2020 às 18:00     Por Roberta Cesar     Foto Ascom / UFS

O professor do Departamento de Educação em Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diego Moura Tanajura, explicou a diferença entre as três vacinas contra a covid-19: CoronaVac, a Pfizer e a de Oxford. Para Diego, todas as três vacinas podem ser usadas no estado, desde que sejam adotadas as estratégias adequadas para cada uma. O docente afirmou que a corrida em tempo recorde por um imunizante para o vírus infecção é um capítulo nunca antes visto na história da vacinologia.

“Essas três vacinas possuem plataformas e funcionamento bem diferentes. A CoronaVac, que é da empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, utiliza uma das metodologias mais antigas para produzir a vacina, que é o vírus morto. (…) Já a vacina de Oxford, da Astrazeneca em parceria com a Fiocruz, utiliza uma uma plataforma nova, a do vetor viral. (…) A Pfizer foi a primeira vacina de RNA a ser aprovada para uso em humanos, mas as pessoas podem ficar tranquilas que é uma estratégia muito segura”, explicou o professor.

O docente da UFS ressalta que a produção em tempo recorde das vacinas para covid-19 é um marco na história. “E se fizermos uma comparação entre a pandemia atual e a pandemia de 2009 pelo vírus influenza da gripe, podemos observar que o impacto da pandemia atual está muito maior. Então, tudo isso, essa questão econômica, dá uma pressão muito grande na produção de uma vacina. Os investimentos para produzir um imunizante estão pesados. Por isso, a gente tem observado esse grande número de estudos. Isso já marcou a história, porque é, realmente, um momento único. Nunca vimos tantas vacinas em desenvolvimento recorde”.

Ao ser questionado sobre as vantagens relacionadas ao custo financeiro dos imunizantes, Diego explicou que o tratamento que está em estudo através de anticorpos monoclonais custa por volta de R$ 6.500, sem levar em consideração os impostos. “Levando para a vacina da Pfizer que custa, em média, R$100, você consegue vacinar 32 pessoas com o mesmo preço do tratamento de uma pessoa, lembrando que são duas doses a da Pfizer. E a vacina de Oxford, em parceria com a Fiocruz, você conseguiria vacinar 171 pessoas. Então, observe que até em termos econômicos a vacinação acaba sendo mais vantajosa”.

Ainda na oportunidade, o professor da UFS destacou a importância do armazenamento adequado das doses das vacinas, pois uma variação de temperatura pode colocar em risco um lote inteiro dos imunizantes e fazer com que eles percam a eficácia.



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