Política


Covid-19: Maia sugere redução de 20% nos salário de servidores dos três poderes


Publicado 24 de março de 2020 às 20:20     Por Redação AjuNews     Foto Tomaz Silva / Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que os três poderes devem avaliar uma redução de 20 % nos salários de servidores em demonstração de união no combate à pandemia do novo coronavírus. A declaração foi feita durante entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (23).

De acordo com Maia, o somatório dos salários pagos a servidores, concursados ou eleitos, chegam a R$ 200 bilhões por ano. “Têm salários mais baixos, têm salários mais altos, acima da média dos 10% que ganham mais no Brasil. Então acho que a gente consegue uma economia, se você olhar uns R$ 18 bilhões por mês, se você tirar 15% a 20%, você vai ter uma economia de três meses que ajuda”, afirmou.

Quanto as votações que devem ocorrer na Câmara que envolvem medidas para contornar a crise sanitária, o deputado disse que votação continua remota. Entre as pautas estão a proposta de emenda à Constituição (PEC) que segrega o orçamento fiscal do orçamento de ações voltadas ao combate da pandemia e o auxílio de R$ 200 a trabalhadores informais. “Muitas vezes, as pessoas vêm com soluções que são para curto prazo e elas se estendem para sempre, beneficiando setores A, B e C que fizeram uma pressão maior naquele momento. A gente precisa segregar para ter certeza que o orçamento do próximo ano não estará contaminado pelas despesas que estão sendo criadas neste momento para o enfrentamento da crise”, enfatizou.

Maia quer votar ainda projetos de telemedicina e flexibilização de ações demandadas por médicos. O presidente da Câmara também avalia ser possível votar até sexta-feira (27) o chamado Plano Mansueto, pacote de socorro financeiro da União vinculado a medidas de ajuste fiscal. “Acho que o Estado precisa estar preparado para garantir esses primeiros meses, 60 dias. Não há outro caminho e o parlamento vêm dando as condições que o governo precisa. O estado de calamidade foi aprovado muito rápido, e isso abre um espaço para que o governo possa gastar”, disse.



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