Por causa da crise sanitária no Brasil, fabricantes internacionais de suprimentos para vacinas contra o novo coronavírus (covid-19) têm enfrentado algumas dificuldades para conseguir encaminhar reagentes e insumos para o país. As informações foram publicadas pelo Uol, nesta sexta-feira (2).

De acordo com a publicação, o diretor da Bio-Manguinhos [unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que produz a vacina Oxford/AstraZeneca], Maurício Zuma, afirmou que já “acendeu o alerta amarelo” para que aconteçam possíveis atrasos nas entregas das remessas depois que as empresas estrangeiras responderam com uma negativa para realizar voos para o Brasil.

À reportagem, a assessoria de imprensa da Fiocruz informou em nota que há sim dificuldades com o transporte internacional dos insumos. “As companhias aéreas estão com a malha reduzida e se deparando com constantes problemas com falta de tripulação. Tal cenário gera o aumento de prazos para recebimento de cargas, com atrasos e reprogramação de voos. Programações de embarque são postergadas, voos são cancelados ou passamos pela situação de falta de espaço para nossas cargas em aeronaves”, afirma o comunicado.

Ainda conforme o diretor da Bio-Manguinhos, os recordes de mortes e novas cepas do vírus é o principal motivo para as companhias se negarem a enviar os voos. Com a medida, a produção de vacinas contra a covid-19 da Fiocruz corre risco, pois os insumos são essenciais para produção dos imunizantes.