Saúde


DF tem paciente curada após ser infectada por novo coronavírus


Publicado 25 de março de 2020 às 06:49     Por Redação AjuNews     Foto Arquivo Pessoal

A advogada brasiliense Daniela Teixeira recebeu uma ótima notícia nesta semana quando soube que seu segundo exame para o novo coronavírus deu negativo. Ela foi a primeira paciente do Distrito Federal a ter sido curada do contágio, após semanas de medo e apreensão. Em entrevista publicada pela Agência Brasil, nesta quarta-feira (25), ela relatou a experiência e destacou a importância das ações de prevenção e combate à epidemia.

“O pior sintoma é o medo. Essa é mensagem que temos que passar. Que a pessoa acredite no vírus. Meu medo de ter passado vírus para minha mãe e minha irmã, que tem problema de coração. Eu peguei o vírus trabalhando, nunca imaginei. É muito importante fazer essa quarentena, que consiga diminuir [o contato]. Aprendi também como faz falta abraço. Como é ficar em casa e não abraçar um filho, uma filha. Minha irmã fez aniversário e só pude dar um tchau pela janela. Não pudemos sair para comprar comida. Estamos vivendo um momento muito surreal. A vida fica totalmente limitada”, disse.

Na oportunidade, ela relatou que foi infectada no dia 6 de março, na Conferência da Mulher Advogada. “Várias amigas começaram a apresentar os sintomas e tiveram exames dando positivo. Eu fiz o exame, embora não estivesse com sintomas. Ainda tinha facilidade para isso, pois o laboratório onde fiz realizava em casa. Aí deu positivo”, lembra.

Após o diagnóstico da doença, Daniela contou que foi “muito bem atendida” pela Secretaria de Saúde Distrito Federal. “Seguimos as instruções da secretaria de isolamento total. Ninguém entrava na minha casa. E os quatro que moram aqui em casa, meu marido e dois filhos, ficaram comigo para não disseminar o vírus. Porque se saíssem poderiam levar para outros. Fizeram exames e deram negativo. Ficamos totalmente isolados. Tive dor de cabeça, sintomas muito leves, de gripe, mal-estar generalizado. Mas nada sério”.

A advogada também citou quais foram as maiores dificuldades. “Se as pessoas estão com medo de pegar, imagina para quem deu positivo. Qualquer sintoma você fica com medo de evoluir, porque vemos casos de rápida piora. Das minhas colegas infectadas, temos três internadas na UTI [Unidade de Tratamento Intensivo]. É um medo constante de contaminar alguém da família e de apresentar sintoma”.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso